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O tema amputação ainda é tratado com temor e é considerado certo "tabu" por grande parte da população. Entretanto, muito se evoluiu dos tempos antigos aos mais atuais, levando-se em consideração as suas causas, os procedimentos, as complicações, as perspectivas de vida do indivíduo e sua re-inserção no âmbito social. Não podemos negar que epidemiologicamente as estatísticas referentes aos pacientes amputados chegam a assustar mundialmente, principalmente por etiologias que poderiam ser evitadas ou controladas, como por exemplo, a diabetes mellitus e o tabagismo. Contudo, atualmente uma demanda maior de profissionais de saúde é formada para fornecer atenção necessária englobando as questões preventivas, de controle dos danos já estabelecidos ou reabilitando essas pessoas. A interprofissionalidade, tema tão almejado e por muitas vezes abstrato na área de saúde, é de fundamental relevância na atenção às pessoas amputadas. As etiologias são diversas e cada fase da vida possui particularidades tanto no fator causal como na condução da Reabilitação. Costumamos dizer que o paciente não tem uma amputação e sim uma "síndrome da amputação", pois com o processo cirúrgico vêm embutidas as questões clínicas (dor, hipersensibilidade cicatricial, fraqueza muscular, alteração no equilíbrio,...), questões psicológicas (alteração muitas vezes brusca da imagem corporal, sentimentos de limitação e incapacidade,...), questões funcionais (dependência de familiares certas vezes para necessidades básicas como higiene pessoal, imobilidade no leito, descondicionamento cardiorrespiratório,...), dentre outros fatores.
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